Os co-CEOs da Netflix, e , enviaram uma carta aos funcionários na 2ª feira (15.dez.2025) esclarecendo pontos sobre a proposta de compra da WBD (Warner Bros. Discovery) por US$ 82,7 bilhões. O documento, divulgado pela Bloomberg, aborda críticas do setor cinematográfico e de órgãos reguladores sobre os possíveis impactos do negócio.
A proposta gerou reações negativas em Hollywood, com questionamentos sobre empregos, futuro dos lançamentos em cinemas e representatividade de vozes diversas no cinema e na TV. Também há políticos se posicionando sobre o tema. O presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), havia dito em 7 de dezembro que a fusão poderia ser “um problema”.
Peters e Sarandos afirmaram na carta que “não haverá sobreposição ou fechamento de estúdios”. Também declararam que o “acordo é sobre crescimento” e que estão “fortalecendo um dos estúdios mais icônicos de Hollywood, apoiando empregos e garantindo um futuro saudável para a produção de filmes e TV”.
Para rebater preocupações sobre monopólio, os co-CEOs afirmaram que a união entre Netflix e WBD teria participação de audiência inferior à do YouTube e à de uma eventual fusão entre Paramount e WBD.
A Paramount fez uma proposta concorrente de US$ 108,4 bilhões para adquirir a WBD, mas a Warner não respondeu, indicando ter declinado a oferta, segundo a Reuters.
O WGA (Sindicato dos Roteiristas da América) se posicionou contra a aquisição, argumentando que ela viola leis antitruste norte-americanas.
Alguns senadores como Elizabeth Warren (Partido Democrata), Bernie Sanders (independente) e Richard Blumenthal (Partido Democrata) enviaram uma carta à Divisão Antitruste do Departamento de Justiça dos EUA, expressando preocupações sobre as implicações da fusão, afirmando que a nova empresa teria mais poder de mercado do que as atuais para aumentar os custos de televisão dos consumidores.
Ainda não há decisão final do Departamento de Justiça dos EUA sobre a aprovação da fusão.


